Muros de Pedra Vulcânica e Cultivadores, Uma Residência Vernacular – Em Napeup-ri, Aewol-eup, na Ilha de Jeju, ainda permanecem muitas casas tradicionais com muros de pedra vulcânica. Nesta vila agrícola, o cultivador — uma ferramenta agrícola motorizada — não era apenas um implemento essencial para o trabalho no campo, mas também um importante meio de transporte. Até hoje, algumas fazendas continuam a utilizá-lo nas atividades diárias.
Os agricultores que usavam cultivadores criavam caminhos estreitos, chamados olle-gil, ao longo da largura dos muros de pedra vulcânica, para acomodar seus veículos. Quando o cultivador era guardado em casa, uma portinhola era colocada na entrada do muro para proteger o espaço interno. Essa integração singular entre os muros de pedra vulcânica e os cultivadores deu origem a um sistema de vida que se tornou emblemático da própria residência.
A Vida em Jeju e o Design das Acomodações – Inspirado na disposição em espiral dos muros de pedra vulcânica, o projeto cria um grande pátio fechado que é ao mesmo tempo protetor e sereno, com pequenas unidades de hospedagem distribuídas em seu interior. Esses módulos formam pátios dianteiros e posteriores, conectados de forma contínua às acomodações, gerando espaços íntimos, mas ao mesmo tempo generosos.
Os visitantes que chegam de carro são guiados pelos muros de pedra vulcânica, assim como os cultivadores dos agricultores, para estacionar diretamente ao lado de sua unidade de hospedagem. Seguindo por esses caminhos de pedra, os hóspedes são conduzidos a espaços profundamente privados e envolventes, onde a interação entre muros, pátios e acomodações oferece uma experiência única e imersiva.
Espaços Criados pelos Muros de Pedra Vulcânica – O edifício do lounge, situado à frente, protege as duas unidades de hospedagem da estrada principal, ao mesmo tempo em que oferece aos hóspedes uma vista panorâmica do Monte Hallasan. De ambos os lados do lounge, os caminhos olle-gil entre os muros de pedra conduzem os veículos às unidades. Após estacionar, esses caminhos continuam levando os visitantes a espaços privados e reservados. Centralizados em torno das unidades de hospedagem, os pátios formados pelos muros de pedra vulcânica dialogam com as acomodações, enriquecendo a experiência espacial e ampliando a sensação de conexão com o entorno.
